terça-feira, 14 de dezembro de 2010

ISSO É UMA URGÊNCIA!!!!




Ah, quanto se ouve em uma emergência esse tipo de frase!!!! A escuto, principalmente, dos familiares do acidentado, do agredido, ou daquele que chega com “derrame”, mais que da própria equipe profissional envolvida na assistência.
Parece um ecoar quase inaudível diante de tanta coisa a se fazer em uma urgência e emergência de grande complexidade; muitas vezes, ao priorizar o atendimento dos pacientes selecionamos aqueles que necessitam mais dos primeiros cuidados, sempre uma difícil escolha porque temos que priorizar a assistência e ouvimos “ isso é uma urgência” ao responder que todos o são, porém, temos que dá atenção primeiro aos que estão entre a vida e a morte. A justificativa não resolve o sentido de insatisfação ao cuidado prestado, e nunca poderemos resolvê-lo totalmente. Muito pode ser feito se cada profissional doar um pouco de si, porém impera sentimento de descontentamento geral com gestores, com o modo público de administrar.
Vi, ainda vejo, excelentes profissionais se omitindo de prestar um atendimento de excelência por encontrar-se desanimados com o sistema ou com si mesmos. Mas, há os remanescentes que com brio atendem ao paciente como um indivíduo pleno até em sua morte.
Para aqueles que continuam a resistir no labutar de uma emergência, digo: sobrevivam até que o socorro chegue!
Atualmente, essa emergência da qual escrevo e também trabalho deveria comportar mais ou menos 90 leitos, no entanto, tem número variável de menos para mais de 240 pacientes internados, diariamente, dos quais se encontram necessitando de urgente atendimento quer seja  de uma cirurgia especializada, de UTI, de observação específica quer do próprio atendimento inicial ao politraumatizado.

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