domingo, 25 de novembro de 2012

SANGUE





Há um rio extenso correndo nas finas e espessas superfícies, irrigando a função e a vitalidade. Seu acesso é ilimitado, não há começo e nem fim, barreiras são quebradas para enfim ele alcançar.
Dele abriga a mais rica e complexa substância viva. A cada instante se transforma e se renova de brilhante a escuro, de leve toxicidade a repleta viscosidade e pureza.
Nele, os canais e seus componentes, realizam a melhor e perfeita comunicação, cada um sabendo o que tem a ser feito e para onde ir, tanto os pequenos como grandes.
Em seu extravasar, a competente cascata da restruturação arma sua teia e impede que a alteração do curso do rio ocasione perturbação, se esvaindo resulte em pálida camada.
Se contaminado seu leito, preciosos combatentes defendem com exaustão até que o auxílio chegue finalmente.
Muitos o doam para dar mais vida, e da sua abundância e sua exiguidade determina a vida ou a morte.
Dele laços serão inquebráveis, unidos para sempre; que se perpetuará enquanto houver vida.





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