PROCURANDO TATÁ

Uma noite, encontrei um "amigo". Não lembro qual foi a minha reação quando o vi, só sei que ele já faz parte da minha vida.

Nem sempre o deixo à vontade, às vezes o sufoco com o meu apego, mas acho que ele me entende!

Às vezes, eu o deixo encurralado sem poder mexer-se ou reagir...Às vezes é verdade não cuido bem dele...

Há dias que nos meus acessos de fúria ele é o primeiro a ser atirado pela janela do carro, ou para outro lugar qualquer...

Mas sempre alguém o pega e devolve para mim, porque sabe que quando a noite vem ou quando se está triste Tatá é o primeiro que eu procuro.

Posso sentir seu cheirinho e a maciez do seu pelo...nem sempre seu cheiro agrada àqueles que constantemente insisto a sentir!

Já o perdi tantas vezes, e também o encontrei quantas vezes!  Já o deixei abandonado em muitos lugares e sempre chorei a falta que ele me fazia.

Ele já foi encontrado em carpetes de carros, debaixo da cama, atrás de mesas, debaixo de sofá em tantos lugares que nem lembro, perdi a conta.

Mas graças a Deus, sempre pessoas o encontram, pois sabem quem ele é e o que ele é para mim, quem nos conhece não nos esquece.

A verdade é que não cuido bem dele, mas sua companhia me é fundamental. 

Ele já esteve arrebentado, talvez por causa do meu trato com ele. Com isso teve que ser reconstruído, antes disso, eu não o queria perto de mim porque estava quase aos pedaços...

Enquanto isso encontrei outros para substitui-lo, mas o seu lugar era sempre lembrado.

Encontrei uma cópia dele em um lugar, muito distante, fiquei fascinado, era você Tatá...!? Ainda não, mas era parecido.

Hoje o deixo em casa em lugar certo onde eu sei quando o sono e a noite chegar eu posso encontrá-lo.